(Português) Quando John C. Reilly desistiu de filme por ser contra a morte de um burro

ORIGINAL LANGUAGES, 15 Jul 2019

David Arioch | Vegazeta – TRANSCEND Media Service

Reilly estava participando das filmagens em Trollhättan, na Suécia, quando afirmou que não continuaria na produção ao saber que um burro seria assassinado.

Insistindo contra a prática, o ator abandonou o filme lançado em 2005 e acabou substituído pelo ator esloveno Zeljko Ivanek.  (Fotos: Getty)

9 jul 2019 – Há 15 anos, o ator John C. Reilly estava em Trollhättan, na Suécia, participando das filmagens do filme “Manderlay”, do controverso cineasta dinamarquês Lars Von Trier, quando afirmou que não continuaria na produção ao saber que um burro seria morto durante as gravações.

À época, o produtor executivo Peter Aalbaek justificou à agência de notícias Ritzau que “o animal já estava velho e doente e que o sacrifício seria um gesto humano”.

“Todo o processo foi monitorado por um veterinário. Estávamos muito conscientes disso porque não queríamos 70 mil grupos de direitos animais nas nossas costas”, disse. E polemizou: “Poderíamos matar seis crianças em um filme sem que ninguém fizesse essa confusão.”

A preocupação de John C. Reilly, conhecido por filmes como “Boogie Nights”, “Chicago” e “Precisamos Falar Sobre Kevin”, era também com o fato de que no contexto de “Manderlay” o animal seria morto e reduzido a pedaços de carne entre os moradores do lugarejo.

Insistindo contra a prática, o ator abandonou o filme lançado em 2005 e acabou substituído pelo ator esloveno Zeljko Ivanek. A cena da morte do burro foi gravada, embora não tenha entrado na edição final para evitar mais problemas com ativistas dos direitos animais.

Em 2018, Lars Von Trier também gerou alvoroço com a cena de um patinho que teve suas pernas arrancadas com um alicate em “A Casa que Jack Construiu”. Em defesa do filme, ele explicou que o patinho não era de verdade e recebeu o apoio da PETA.

Outros animais usados como meio de transporte de humanos ou de cargas também tiveram a morte decretada no cinema. Em “Andrei Rublev”, de 1966, Andrei Tarkovsky mostra um cavalo levando um tiro no pescoço e sendo empurrado escada abaixo.

Trinta anos antes, em “A Carga da Brigada Ligeira”, de 1936, pelo menos 25 cavalos foram mortos na obra de Michael Curtiz. Já em 1939, um cavalo quebrou a espinha depois de cair de uma altura de pouco mais de 20 metros durante a filmagem de “Jesse James”, de Henry King. E há muitos outros exemplos.

_____________________________________________

 

David Arioch é jornalista profissional, historiador e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário.

 

Go to Original – vegazeta.com.br


Tags: , , , , , , , , , , , , , ,

 

Share this article:


DISCLAIMER: The statements, views and opinions expressed in pieces republished here are solely those of the authors and do not necessarily represent those of TMS. In accordance with title 17 U.S.C. section 107, this material is distributed without profit to those who have expressed a prior interest in receiving the included information for research and educational purposes. TMS has no affiliation whatsoever with the originator of this article nor is TMS endorsed or sponsored by the originator. “GO TO ORIGINAL” links are provided as a convenience to our readers and allow for verification of authenticity. However, as originating pages are often updated by their originating host sites, the versions posted may not match the versions our readers view when clicking the “GO TO ORIGINAL” links. This site contains copyrighted material the use of which has not always been specifically authorized by the copyright owner. We are making such material available in our efforts to advance understanding of environmental, political, human rights, economic, democracy, scientific, and social justice issues, etc. We believe this constitutes a ‘fair use’ of any such copyrighted material as provided for in section 107 of the US Copyright Law. In accordance with Title 17 U.S.C. Section 107, the material on this site is distributed without profit to those who have expressed a prior interest in receiving the included information for research and educational purposes. For more information go to: http://www.law.cornell.edu/uscode/17/107.shtml. If you wish to use copyrighted material from this site for purposes of your own that go beyond ‘fair use’, you must obtain permission from the copyright owner.


Comments are closed.