(Portuguese) Cercado por Protestos de Todos os Lados, o Japão Desiste da Caça às Baleias, em Plena Meia-Estação

ORIGINAL LANGUAGES, 28 Feb 2011

Sociedade Mundial de Proteção Animal – TRANSCEND Media Service

Após intensas manifestações de repúdio por parte de ativistas, o Japão abriu mão das suas atividades baleeiras no Santuário de Proteção do Oceano Antártico Sul, em plena meia-estação, no momento em que os países latino-americanos exigiram que aquela nação pusesse um fim à matança de baleias.

O tumulto gerado pelos ativistas parece ter forçado os baleeiros japoneses a abandonarem o Oceano Antártico Sul, após terem exterminado, ao que tudo indica, apenas uma fração da quota de 935 baleias-minke, 50 baleias-fin e 50 baleias- jubarte, que haviam reservado para si, interrompendo suas atividades em pleno curso da estação de caça.

Embora a WSPA não aprove quaisquer ações de ativistas que sejam ilegais, ou que ponham em risco vidas humanas, é claro que foi com grande satisfação que recebemos a notícia de que a frota baleeira japonesa tenha decidido se retirar da Antártica, e de que centenas de baleias serão salvas dos arpões dos caçadores.

Ainda não se sabe se a frota tentará voltar aos terrenos de caça a baleias, e nem se pode prever os efeitos dessa atuação para o futuro das atividades baleeiras no Japão.

A maioria das nações condena a caça às baleias praticada no Japão

No início dessa semana, os governos de nove nações latino-americanas, representando a maioria do Grupo de Buenos Aires (BAG), formado por países comprometidos com a preservação, divulgaram uma declaração pública, exigindo que o Japão cessasse, de uma vez por todas, as ditas atividades de caça “científica” às baleias no Oceano Antártico Sul.

A WSPA esteve envolvida em uma campanha ferrenha, para pressionar a BAG, juntamente com outras ONGs atuantes na região, a tomar medidas drásticas contra o Japão, por ter esse país iniciado a sua estação de caça no Hemisfério Sul.

Além disso, no ano passado, a WSPA ajudou a promover uma reunião, na Costa Rica, entre representantes dos governos de países do BAG. Esse encontro resultou em um acordo, onde eles aceitaram não apoiar qualquer proposta de “pacto de compromisso”, que teria efetivamente suspendido a proibição à caça comercial de baleias, e concedido quotas ao Japão, Noruega e Islândia.

“A WSPA comemora a atuação diplomática do BAG, que resultou em uma declaração assinada pela Argentina, pelo Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Peru e Uruguai, manifestando uma veemente oposição à caça, e estimulando o Japão a cessar o seu dito programa científico de caça às baleias”, afirmou a Gerente de Campanhas da WSPA na América Latina, Marcela Vargas.

“A WSPA tem o prazer de assistir a divulgação de tal declaração, que transforma o BAG em um poderoso bloco antibaleeiro no interior da CIB – Comissão Internacional da Baleia.”

Em outros lugares do mundo, inúmeras baleias continuam sofrendo

Apesar da trégua temporária às baleias nos mares do Hemisfério Sul, o Japão também caça baleias no Pacífico Norte, e mais de mil animais dessa espécie ainda são submetidos, a cada ano, a uma morte lenta e dolorosa nas águas da Noruega e da Islândia.

A WSPA acredita que ser inaceitável qualquer forma humana de matança de baleias no mar, razão pela qual, independentemente do oceano onde for realizada, trata-se de uma situação injustificável no Século 21.

No ano passado, conseguimos recolher mais de 100.000 assinaturas de pessoas de todo o mundo, exigindo que a Noruega pusesse um fim à sua cruel caça comercial às baleias. Tal reação representou a maior manifestação de repúdio à caça de baleias na Noruega, desde a retomada de tal prática por esse país, em 1993.

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